O G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, está intensificando seus esforços para formular uma regulamentação global para criptomoedas, conforme destacado pela ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman. Atualmente, a Índia detém a presidência rotativa do G20, e Sitharaman enfatizou que a criação de uma estrutura regulatória para os ativos digitais é uma prioridade, necessitando de uma colaboração estreita entre os países membros.

Em uma recente entrevista concedida na terça-feira, 5 de setembro, Sitharaman revelou que as discussões para estabelecer uma estrutura regulatória global estão em progresso, embora alguns detalhes ainda precisem ser finalizados. A natureza exata dessa regulamentação permanece incerta, visto que muitas nações, incluindo o Brasil, já implementaram suas próprias leis para governar o setor de criptomoedas. Portanto, é possível que as diretrizes do G20 atuem mais como referências para os países membros, sem impor obrigações estritas.

Sitharaman também confirmou que as próximas reuniões do G20, agendadas para 9 e 10 de setembro, terão debates focados neste tema. Durante esses encontros, tanto o Conselho de Estabilidade Financeira (CEF) quanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentarão um relatório conjunto sobre a matéria.

A ministra destacou a importância de desenvolver uma estrutura que possa abordar as questões relacionadas às criptomoedas de maneira eficaz, considerando a natureza global e sem fronteiras desses ativos. Ela também mencionou que, durante a presidência da Índia no G20, foram dados os primeiros passos para a regulamentação das criptomoedas, com ênfase em promover discussões inclusivas que considerem os interesses de todas as nações envolvidas.

No entanto, a abordagem da Índia em relação às criptomoedas tem gerado preocupações, especialmente entre os investidores. Críticos argumentam que a postura restritiva do país não apenas limitou as inovações no setor, mas também impediu a Índia de capitalizar as oportunidades oferecidas pelas criptomoedas. Apesar disso, a Índia continua a demonstrar interesse no espaço Web3 e blockchain, com empresas como a OKX anunciando planos de expandir suas operações no país e explorar o potencial local no domínio Web3.

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