Inegavelmente uma maturidade dos criptoativos trará uma maior adoção dos mesmos. Embora haja um longo caminho pela frente, de acordo com o JPMorgan, o mundo está pronto para a adoção em larga escala de “dinheiro privado”. Ou seja, qualquer criptoativo emitido por uma empresa privada pode ser alvo de grande adoção.
O JPMorgan justifica seu argumento dizendo que a maioria do dinheiro fiduciário já é emitido de forma privada. No momento em que um empréstimo é concedido, um banco privado cria um dinheiro eletrônico. Apesar de o monopólio de emissão de caixa ainda estar na mão do governo, ele representa uma parcela muito pequena das transações feitas na sociedade.
Sem nenhuma surpresa o JPMorgan apontou a volatilidade dos criptoativos como um impedimento para sua adoção. Além disso, o relatório levantou que há um grande caminho a ser percorrido para que o Bitcoin e as altcoins sejam realmente um ativo de diversificação de portfólio.
Em contrapartida, disse que as stablecoins representam um papel importante para que a adoção aconteça. Ademais, acredita que elas ganharão adoção em larga escala. Contudo, afirma que para um ativo estável privado ter sucesso, precisa enfrentar obstáculos como o problema da liquidez diária e o escrutínio regulatório que certamente aparecerá.
Para quem se preocupa muito com a adoção dos criptoativos, o relatório aponta um pensamento interessante. Por mais que muitos desejem pagar com Bitcoin cada compra, em cada esquina, o relatório informa que uma rápida adoção em larga escala é prejudicial para a tecnologia. Além disso, para os que aguardam a entrada de bancos tradicionais no blockchain, o JPMorgan informou que terão que esperar de três a cinco anos para verem isso acontecer.
Embora a maioria do dinheiro circulante seja realmente do setor privado, o público geral ainda tem uma confiança maior em instituições centrais. Ou seja, por mais que já estejam prontos para um dinheiro privado, uma stablecoin emitida por um banco central pode ter uma adoção maior e mais rápida.
