Certamente o mundo está aguardando ansiosamente a eleição presidencial norte-americana. Sem dúvida, Donald Trump e Joe Biden apresentaram uma disputa acirrada. Muito mais que mexer na política americana, as eleições representam uma reviravolta nos mercados financeiros tradicionais.
Atualmente os EUA passam por uma grande incerteza política. Uma mudança de regime, por exemplo, poderia impactar a legislação tributária corporativa. Por certo que você se lembra de como o mercado financeiro ficou otimista com a vitória de Trump.
No entanto, alguns analistas acreditam que o mercado de ações poderia reagir diferente em uma eventual vitória de Biden. O temor dos especialistas é que em meio a uma das maiores recuperações já registradas e ao pico de exuberância, essa vitória ainda não tenha seu preço.
Só para exemplificar, o CBOE VIX, índice que analisa a volatilidade implícita no S&P 500, sobe a cada ano eleitoral, sinalizando uma explosão geral. Todavia, devido à pandemia, aos fatores econômicos atuais e agitação política, o VIX nunca foi maior durante um ano eleitoral recente.
Apesar de o VIX não ter um impacto direto sobre o Bitcoin, a última vez que ele superaqueceu, veio a Quinta-feira Negra de março. Desde aquele dia, o Bitcoin tornou-se repentinamente correlacionado com o índice do mercado de ações S&P 500, quando nunca em toda a sua existência.
Não podemos afirmar se isso significa que o Bitcoin pegou um perfil diferente de investidor, ou se há outra dinâmica em jogo. Contudo, a correlação nos últimos dois trimestres desde o início da pandemia não pode ser negada.
No passado, o Bitcoin não era capaz de tirar seu maior recorde anterior até o fim da eleição e um novo presidente fosse empossado. Desta vez, o mercado pode preferir uma vitória repetida de Trump. De acordo com alguns analistas, seria um ambiente mais favorável para o mundo corporativo continuar prosperando.
Em suma, as eleições dos Estados Unidos podem não impactar tanto no preço do BTC, mas a correlação forte do mercado tradicional, que é diretamente impulsionado pelo evento norte-americano, pode ditar até onde irá o criptoativo em 2020.
