Sem dúvida, você observou como a utilização do dólar americano cresceu na Argentina. Contudo, no país latinoamericano, as pessoas não param de falar sobre a stablecoin Dai. Só para exemplificar, em 2020, o volume do ativo estável cresceu seis vezes. Além disso, a Bitso, registrou um volume de negócios de US$2,3 milhões em DAI apenas em novembro.
Esse aumento certamente se deve a desvalorização do peso argentino no decorrer do último ano e da inflação anual de 30%. Todavia, a compra de dólares é limitada a US$200 por mês mais um imposto adicional de 65% sobre a cotação oficial. Isso faz com que os argentinos recorram para a stablecoin da MakerDAO.
“A adoção da DAI se popularizou porque, por ser uma stablecoin e ter uma cotação atrelada ao dólar, muitos argentinos decidiram adquiri-la como forma indireta de dolarização”, afirmou Buenbit em email enviado à Coindesk.
Argentina e o crescimento das stablecoins
De fato, 2020 foi o ano de Boom dos ativos digitais na Argentina. De acordo com Sebastian Serrano, CEO da Ripio, o volume de negociação de stablecoins na exchange cresceu 20 vezes este ano.
“Isso está aumentando mês a mês devido à necessidade local de dolarização e um mercado altista de criptoativos promovendo uma maior adoção. É uma tempestade perfeita”.
De acordo com Serrano, o que fez o Dai se destacar na Argentina foi a construção do ecossistema de criptoativos latino-americano construído em 2018 pela MakerDAO.
“Este mundo sempre esteve mais perto do comércio e da especulação de curto prazo. Mas posicionamos o DAI como uma ferramenta de economia, uma proposta mais prática”, disse Mariano Di Pietrantonio, gerente sênior de marketing e líder comunitário da Maker Foundation,
Stablecoin Dai
Dai é uma stablecoin, estabilizada ao valor do dólar americano, construída no blockchain do Ethereum. Um dos grandes diferenciais do Dai é que seu colateral é visto publicamente no blockchain do ETH e ele é mantido de maneira mais segura que as stablecoins que estão atreladas apenas ao USD.
