Apesar de o Leste Asiático ser o maior mercado de criptoativos, não é apenas o Bitcoin que levanta o blockchain na região. De acordo com o relatório da Chainalysis, o uso de stablecoins está decolando. Só para exemplificar, 33% de todo o valor transacionado no blockchain vem de ativos estáveis. Sem nenhuma surpresa, o USDT é o grande vencedor dessa arena. A stablecoin da Tether venceu o BTC e se tornou o ativo mais recebido pelos endereços asiáticos.
“O Tether é de longe a stablecoin mais popular no Leste Asiático, representando 93% de todo o valor de stablecoin transferido por endereços na região”.
Certamente a proibição do governo chinês de realizar trocas diretas de yuan por ativos digitais contribuiu para essa utilização do USDT. Conforme observado pelo relatório, o USDT se tornou um substituto fiat de fato para usuários de criptoativos chineses. Apesar de a compra de USDT utilizando yuan também seja algo proibido, os indivíduos têm acesso à moeda por outros meios, como uma conta bancária estrangeira.
Ademais, a Decrypt já havia informado que a atividade de comércio internacional na China foi a responsável por impulsionar o aumento de US$5 bilhões na demanda de USDT no início de 2020.
Stablecoins oferecem um alívio para transferências internacionais
Sem dúvida que a grandeza do mercado blockchain proporcionará que as pessoas possam se esquivar das regras rígidas de órgãos centrais. Em 2019, por exemplo, cerca de US$50 bilhões saíram do Leste Asiático para endereços em outras regiões. Em uma olhada na Europa que não possui essas regulamentações rígidas, o valor era inferior a US$38 bilhões. O relatório também apontou a importância do USDT para um país como a China que possui um controle quanto à fuga de capitais.
“Stablecoins são particularmente úteis para fuga de capitais, já que seu valor atrelado à moeda fiduciária significa que os usuários que vendem grandes quantias em troca da moeda fiduciária de sua escolha podem ter a certeza de que é improvável que percam seu valor quando procuram um comprador”.
