Certamente você já ouviu falar sobre o caso da Bitfinex e da Tether onde a procuradoria geral de Nova York (NYAG) acusava as empresas, em 2019, de terem praticado fraude. Na época, a procuradoria local afirmou que a Bitfinex havia perdido o acesso de cerca de US$1 bilhão e coberto as perdas usando fundos de sua empresa irmã, Tether.

Hoje, dia 23 de fevereiro de 2021, esse caso chega ao fim. Conforme observado no acordo da Bitfinex e da Tether com o NYAG, apesar de as empresas não terem admitido irregularidades, elas pagarão US$18,5 milhões. Ademais, as mesmas serão banidas do estado norte-americano.

“Os US$18,5 milhões que as empresas estão pagando como parte do acordo devem ser vistos como uma medida de nosso desejo de deixar este assunto para trás e focar em nossos negócios”, disse o conselheiro geral Stuart Hoegner da Bitfinex e da Tether em um comunicado.

Além disso, terão que fornecer relatórios trimestrais descrevendo a composição das reservas de Tether para os próximos dois anos. Os relatórios deverão incluir a discriminação de caixa e equivalentes de caixa que estão nas reservas.

“A Bitfinex e a Tether encobriram de forma imprudente e ilegalmente enormes perdas financeiras para manter seu esquema em funcionamento e proteger seus resultados financeiros. As afirmações da Tether de que sua moeda virtual era totalmente respaldada por dólares americanos em todos os momentos, era uma mentira”, afirmou Letitia James, procuradora-geral de Nova York.

Como isso afetará o mercado de criptoativos

Embora o USDT seja a primeira é principal stablecoin do mercado, ele ainda não consegue passar transparência para seus usuários. Sendo assim, essa obrigatoriedade de apresentar uma documentação, pode acabar, de fato, com essa questão. Ou seja, o mercado de criptoativos saberá se a Tether possui ou não os dólares que afirma ter em poupança ou se está simplesmente tacando tokens no mercado de modo a inflar o preço do Bitcoin.

“Para crédito da Procuradoria Geral da República, após dois anos e meio de investigação, suas descobertas são limitadas apenas à natureza e ao momento de certas divulgações. E ao contrário da especulação online, não houve nenhuma descoberta de que o Tether emitiu USDT sem apoio ou para manipular preços dos criptoativos”, disse Charles Michael, sócio da firma de advocacia Steptoe & Johnson LLC que representou as empresas na investigação.

Todavia, o acordo apontou outro fato.

“A partir de 2 de novembro de 2018, os Tethers não foram mais garantidos 1 para 1 por dólares americanos em uma conta bancária da Tether, porque uma parte substancial do apoio na conta da Deltec foi transferida para a Bitfinex para compensar os fundos tomados pela Crypto Capital, enquanto os fundos correspondentes transferidos da conta Crypto Capital da Bitfinex para a conta Crypto Capital da Tether foram prejudicados pelas ações da Crypto Capital”.

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